Precificação dinâmica vs. Precificação tradicional: Como funcionam? Qual a diferença?
27 de Setembro, 2024
A precificação é o processo de definir o preço de venda de seu produto. Por mais simples que talvez pareça, é uma tarefa bem complexa, pois o preço é um dos principais determinantes do lucro de seu negócio. Ele é a primeira coisa que um consumidor irá procurar e comparar quando bater o olho em sua oferta.
A precificação pode ser feita de algumas formas. É intuitivo imaginar que essa tarefa se resume em contabilizar as principais despesas com o produto, juntar a margem de lucro desejada, e lançar o produto no mercado. De certa forma está certo, a precificação não deixa de ser isso, mas há um ponto crucial que praticamente todos os lojistas enfrentam todos os dias: A concorrência.
A concorrência é um dos pontos mais difíceis na precificação de um produto, pois influencia todo o resto.
Vamos a um exemplo básico de concorrência…
Caso entenda bem os conceitos de concorrência, pode pular esta parte da leitura e ir para o próximo tópico
Claramente, se eu vender carteiras a R$10,00 e meu vizinho vender a R$12,00 (supondo carteiras iguais), eu estarei em vantagem. Logo, se surgir outro concorrente próximo, que venda carteiras a R$9,00, eu e meu vizinho estaremos em desvantagem. Estando em desvantagem, tenho duas opções: Baixar o preço e operar com uma menor taxa de lucro (talvez até com lucro negativo), ou me manter a R$12,00 e investir na qualidade do meu produto (talvez assim as pessoas aceitem pagar mais caro em troca de um produto melhor).
Você pode ter visualizado uma saída óbvia para essa situação, mas fique tranquilo, ela é completamente fictícia. No mercado real, quanto maior a concorrência, mais se estrutura um “preço geral”. Isso se dá porque no mercado real não lidamos com apenas 2 concorrentes, lidamos com muitos mais. Quando milhares de concorrentes definem seus preços, a ideia é que o de menor preço venda mais. Desta forma, quanto maior a quantidade de concorrentes, mais os vendedores tendem a minimizar o preço, e os outros tendem a seguir para não perderem suas vendas. Assim se forma um preço geral, onde quem estiver muito abaixo provavelmente estará operando em prejuízo (não se mantém no longo prazo), e quem estiver vendendo muito acima provavelmente estará em escassez de vendas.
Bom, essa introdução sobre a concorrência foi necessária para que pudéssemos estruturar bem a importância que o preço tem para as lojas.
Mas quanto as pequenas variações de preço afetam a saúde de um negócio…🤔
Antigamente, com o comércio físico, as pequenas variações de preço eram superadas pela distância entre as lojas. Por exemplo: Imagine que você precise comprar uma fita isolante. Na esquina de sua casa tem um mercadinho que vende a fita por R$15,00, mas no centro da cidade você já sabe que encontrará a fita por R$11,50. Acredito que, se tratando do mesmo produto, você preferirá pagar o preço mais baixo, mas, dependendo da distância, da necessidade e do tempo, é bem possível que aceite pagar R$3,50 a mais, em troca de só ter que andar até a esquina.
No comércio eletrônico essa diferença praticamente se anula. O consumidor não está a 3km do outro vendedor, ele está a 3 cliques. A partir disso, as variações de preço dos vendedores passam a custar mais caro para eles.
Por esse motivo, muitos e-commerce começaram a fazer uma análise de preços online, ou seja, contabilizar os preços de seus concorrentes em planilhas. Passaram até a contratar funcionários que fizessem essa vigilância determinadas vezes ao dia.
O ponto é que o mercado online tomou grandes proporções. A concorrência acirrada que antigamente existia entre um vendedor e todos os outros vendedores de um bairro, agora é contra todos os outros vendedores do mesmo produto na internet (isso quer dizer inúmeros bairros!).
A concorrência se ampliou e a variação de preço se estreitou. Com o tempo, a precificação tradicional (manual) passou a não fazer mais sentido frente às constantes variações de inúmeros vendedores todos os dias.
Foi com essa necessidade que surgiu a precificação dinâmica. Confira as principais diferenças entre precificação tradicional e precificação dinâmica:
Com base na discussão anterior, você consegue explicar essa situação?
A precificação tradicional é baseada em métodos fixos e estáticos. Os preços são definidos com base em fatores como o custo de produção, margens de lucro desejadas, preços de concorrentes e valor percebido pelo cliente. Uma vez estabelecido, o preço tende a permanecer constante por longos períodos, independentemente de mudanças nas condições do mercado. Esse método é simples de implementar e fácil de entender, mas pode ser inflexível em um ambiente de mercado dinâmico.
A precificação dinâmica, por outro lado, é uma abordagem mais flexível e responsiva. Ela ajusta os preços em tempo real ou em intervalos curtos, com base em diversos fatores, como a demanda do mercado, o comportamento do consumidor, a concorrência, a sazonalidade, e até eventos externos. Ferramentas e algoritmos avançados são frequentemente utilizados para monitorar o mercado e ajustar os preços automaticamente. Esse método permite que as empresas maximizem a receita e se mantenham competitivas, mas pode ser mais complexo de implementar e gerir.
Enquanto a precificação tradicional se caracteriza pela estabilidade e simplicidade, a precificação dinâmica se destaca pela sua adaptabilidade e capacidade de resposta às condições de mercado, proporcionando grande potencial para otimizar lucros e ajustar-se rapidamente às mudanças no comportamento do consumidor e na concorrência.
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